sábado, 2 de junho de 2018

Série - Como ensinar matemática ao seu filho parte 1


Como ensinar matemática ao seu filho


Quando a minha filha mais velha começou a cursar a primeira série do ensino fundamental, eu comecei a me lembrar de um fantasma que me assombrou por muitos anos de minha vida.
Eu sabia que se eu não tomasse providências e rápido, aquele problema só iria crescer e eu veria minha filha passar pelo mesmo problema que eu passei.
Para isso, eu preciso começar pela minha história. Todos nós sabemos que a educação como um todo não anda lá essas coisas, e na minha época não foi muito diferente, pelo menos na questão da matemática.
Tudo ia razoavelmente bem, até a minha segunda série, meus 8 anos, eu tinha uma professora maravilhosa chamada Eliane, mulher experiente, paciente... Naqueles dois primeiros anos eu não tive nenhum problema, obtive minhas notas, aprendi a ler mas, o terror apareceria no ano seguinte.
Na terceira série, eu comecei a enfrentar grandes problemas com a multiplicação e a divisão, que na verdade são sequencias da soma e da subtração.
Eu simplesmente não conseguia entender todos aqueles cálculos, e esse trauma me perseguiria por toda a minha vida.
Naquele ano, eu fiquei de recuperação de  matemática, foi o primeiro ano de muitos. A culpa foi da professora¿ Do sistema de ensino¿ Minha¿ Dos meus pais¿
Bem, acho que um conjunto de tudo isso. Aqueles primeiros anos foram cruciais para que uma falácia fosse formada em minha mente, a mentira de que eu não conseguia entender matemática.
Já se sabe que não existe a “mente para matemática”, se a pessoa tem um nível normal de QI pode sim aprender matemática. Mas, esse processo exige, creio eu hoje, muito mais esforço da mãe, ou do tutor para mudar esse quadro mental da criança e essa mudança é fundamental nos primeiros anos de ensino, que seriam dos 6 aos 9, 10 anos.
Pra resumir, eu fiquei quase todos os anos de recuperação em matemática ( ficava arrasada vendo minhas amiguinhas de férias, e eu lá presa, naquele Sol de fim-de-ano, nas aulas tentando recuperar o tempo perdido), o único ano em que não fiquei de recuperação foi no terceiro ano do ensino médio, que fiz o ensino técnico na ETE de eletrônica, onde depois decidi fazer engenharia elétrica, o que me levou a tomar pau em todos os cálculos e ter que repetir essas matérias todos os anos de ensino básico de engenharia.
Eu diria que fui bem corajosa, e consegui obter meu diploma de engenheira depois de muito esforço e “sofrimento”, porque houve uma deficiência nos primeiros anos na escola.
Minha filha, agora com sete anos começa a mostrar as mesmas dificuldades.... Sim, exatamente as mesmas, ela chorava, esperneava, não conseguia se concentrar em tarefas. Uma lição que deveria levar 15 minutos para ser realizada, levava 2 horas, com choros, e muito, muito desespero dela e meu, pois eu via um filme se repetindo.
Eu decidi tomar as rédeas dessa questão e sem querer saber de quem era a culpa, decidi fazer parte da solução, e é por isso que estou aqui partilhando com vocês o que eu considero essencial para que seu filho tome gosto pela matemática e não sofra o que eu sofri!
Eu já colho os frutos aqui em casa com duas medalhistas de matemática e espero do fundo do meu coração poder fazer parte dessa sua jornada de sucesso.




























Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que é o Ensino Socrático e por que ele é importante na Pedagogia Clássica

Ensino Socrático é basicamente levar, conduzir o aluno a compreender o que não sabe, dando a luz a essa verdade e a partir daí, partir para ...