Sócrates fazia isso com seus discípulos, eles sentados aos seus pés, eram questionados para que realmente entendessem que nada sabiam, e que situação libertadora é saber que não se sabe.
Fazer perguntas, pensar sobre elas, buscar as repostas do texto, como mestre, são as grandes chaves para esse ensino, que proporcionam ao aluno um estudo ativo, afinal não há resposta mastigada pelo professor ou pelo livro texto.
O aluno é parte ativa no estudo e o meditar na resposta demanda esforço, o que entendo ser tão importante na Educação Clássica.
O ambiente também se torna propício a esse tipo de questionamento, pois os colegas de sala, entendem que podem aprender com seus parceiros, não há disputa, competição, piadinhas, pelo contrário há um profundo respeito pelo tutor e pelos demais que participam da discussão. Não há perdedores nem vencedores, há um grupo coeso, que pensa e conversa sobre os grandes livros.
O tutor também não é o receptáculo de saber, mas, um condutor pelo caminho do saber. O professor deve refletir bastante sobre suas perguntas, e essas devem refletir de fato as dificuldades que ele mesmo encontrou.
Há um profundo respeito pelo silêncio, as conversas não são tumultuosas, sempre um fala de cada vez, não há réplicas ou tréplicas ofensivas.
O ponto crucial para o ensino, a busca pela verdade pelo texto e não por opiniões, todas as repostas são embasadas pelo próprio texto.
A grande questão é, saber ouvir o aluno, ser razoável na ironia e a chegada na fase maieutic, onde é dada a luz a verdade.
Ensino Socrático é cheio de paz, schole, companheirismo e respeito, e tudo parte da questão de se treinar... Não fornecer uma resposta pronta mas, sim, perguntar...
